Nunca fui beijada - Penúltimo Capítulo
- Polícia, abra a porta!
- Calma, policial. Estou no banheiro, só um minuto! - Ricardo gritou. - Vocês vão vir junto comigo, bem quietinhos - sussurrou para nós - Basta concordar com tudo o que eu disser e entrar na cena e tudo vai dar certo. Quem sabe eu até libero você. - disse, apontando para Renato e guardando a arma debaixo da camiseta.
Ele saiu caminhando na ponta dos pés ao mesmo tempo que a passos largos pela casa e deu uma passou rapidamente pelo lavabo, onde molhou as mãos para aparentar que estava mesmo no banheiro.
Íamos atrás dele, de mãos dadas.
Sentia uma tensão muito grande envolvendo todo o ambiente.
Renato andava de forma rígida e sua mão estava gelada.
Meu coração estava subindo pela garganta e minhas mãos suavam frio.
- Tem coisa pior que alguém chegar logo quando estamos no banheiro?! Sinto muito em demorar tanto pra te responder, mas acho que você entende a situação. - o tom de voz ia parecendo cada vez mais natural, como se ele estivesse fazendo uma piada com tudo, ao se aproximar da porta. - Pois não?
- Boa noite, senhor. Seu nome é Ricardo Julius de Oliveira?
- Sim. Em que posso ajudá-lo?
- Temos uma denúncia de que o senhor sequestrou uma menina e que está mantendo-a em cativeiro aqui na sua residência. Você confirma essa informação?
- Uau! As crianças pegaram pesado dessa vez.
- Como disse?
- Meus alunos. Sou professor de história
- Podemos entrar?
- Claro. Inclusive esses dois aqui podem dar testemunho do que eu tô fazendo nesse momento. É um ex-aluno e uma aluna minha do ultimo ano do ensino médio. Estamos conversando sobre todo tipo de assunto. Religião, política, sexualidade e todo tipo de coisa. Que mal pode haver nisso? - ele se virou para nós, com um sorriso cínico, exigindo com os olhos que confirmássemos aquilo que ele estava dizendo - Não é, meninos?
- É mentira! - Renato berrou.
- Como assim, garoto? - indagou o policial.
- Ele está mentindo! - gritou novamente
Vi os olhos do Ricardo se enchendo em brasa.
- Seu desgraçado! - ele empunhou a arma e disparou o gatilho na direção do Renato.
Por instinto ou loucura, me joguei na frente dele.
Senti o impacto da bala e o mundo girou ao meu redor.
Consegui ouvir berros de horror e vi, antes de cair no chão frio, muito sangue escorrendo e ensopando minha roupa.
Renato me abraçou deitada, tentando desesperadamente me manter acordada.
Mas eu não conseguia manter os olhos abertos.
- Eu te amo. - sussurrei tão baixo que nem sei se ele conseguiu ouvir.
Então, fui tomada pela escuridão.
Continua ...
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posta logo o ultiiiiiiiimo, pleeease.
ResponderExcluirOMG! Quero logo a continuação dessa história!
ResponderExcluirAs histórias postadas aqui são tão instigantes. A gente se envolve. Isso é bom. O ruim é que a continuação vem quase parando. Isso é chato. Tem hora que dá até pra esquecer o que já se leu. Já acompanhei algumas histórias aqui, e infelizmente sempre é assim. Parece que vcs começa super animadas e vão desanimando aos poucos. Bom, espero pelo final, ok. E desculpa a critica, mas prefiro que usem ela pra evoluir
ResponderExcluirAh e pra completar, não sei se esses textos são seus ou se copia de outro lugar.. mas se forem seus, meus parabéns. São perfeitos.
ResponderExcluirCara(o) colega anônimo, prometo, como autora, que o capítulo final sai ainda nessa semana. E tenha na certeza que nenhum dos nossos textos são copiados a não ser de nossas próprias cabeças. Beijo
ResponderExcluirMelhor história que acompanhei na internet!!! Já teve o capitulo final??
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