Os Segredos e Mistérios de Elisabeth ( 4º Capítulo )

“ Sei que demorei muito pra lhe dar novas noticias minha querida, mas não deixei em nenhum momento de pensar em você, acredite. As suas despesas continuam em dia como você deve ter percebido apesar do meu desaparecimento, foi melhor assim.




Não se esqueça, estou zelando por você MINHA MENINA!”





Deixo cair da minha mão o papel que tanto me pertubava, eu estava fora de mim, completamente atonita, “MINHA MENINA”. Não podia ser, me encostei feito um bebe na parede e deixei que me caisse aos pouquinhos e a frase que não saia da minha cabeça, a frase que talvez iria mudar minha vida toda. O telefone toca e eu nem lhe dou atenção, estou muito perdida nos meus pensamentos, pensamentos esses que faziam parte do meu passado que voltara pra mim atormenta, parecia que eu estava morrendo. E foi dias assim procurando alguma saida dentro de mim mesmo, sem mais nenhum recado do estranho, quer dizer ele já não era mais estranho, eu o conhecia muito bem, muito mais do que devia. A campainha está tocando e eu saiu do meu estado quase que vegetativo com um susto, precisava atender, quem quer que fosse não iria desistir.



- ELISABETH até que enfim! Graças a Deus está viva, não dá sinal há dias, e não atende seu telefone de jeito nenhum. Ela me abraça, não digo nada, apenas encosto nela e sinto-me protegida por instantes.



- O que houve? Aconteceu alguma coisa, você não é assim. Me diga, estou quase tendo um ataque!



- Não.. nada. Balbuciei essas palavras como se tivesse em choque permanente.



- Eu sei que aconteceu alguma coisa, e por algum motivo não vou conseguir lhe tirar nada, não nesse estado. Tenho certeza que não come já faz muito tempo, pelo que a conheço se trancou dentro da sua dor e só se alimenta dela, pois vou lhe preparar algo.



- Não, alice pare! Estou sem fome, cansada só.



- Você vai comer lisa, você querendo ou não.



Ela me fez uma sopa com tanta coisa que eu não consiguia diferenciar o que era batata e legumes. Comi pouco, para não lhe fazer essa desfeita, afinal ela era uma amiga e tanto e se preocupou comigo e de fato eu estava desidratando.



- Obrigada minha querida, já fez muito por mim, posso me virar sozinha agora.



- Vou dormir aqui e não ouse dizer não pois só saiu daqui se você chamar a policia pra me levar!.



Alice era extremamente teimosa e como eu a conhecia sabia que esta noite ela não iria desgrudar.



- Esta bem como você quiser.



Fomos dormir, mais eu não podia descansar com ela na minha casa, sabendo que a qualquer momento ele poderia colocar outro recado e ela me encher de perguntas.



Acordei e estava tudo calmo, não encontrei Alice ao meu lado, fui procurá-la.



- Até que enfim dorminhoca! O café esta na mesa, com brioches deliciosos a sua espera.



- Nossa mais isso é um banquete, está com uma cara deliciosa, e eu estou faminta hoje.



- Que bom amiiga, eu preciso ir pra casa minha mãe não está nada bem, me desculpe.



- Não imagina Alice, eu que peço desculpas por tomar seu tempo, melhoras a sua mãe, obrigada por tudo.



Resolvi limpar a casa, estava uma zona, fazia tempos que eu não fazia outra coisa se não sofrer, mais eu já tinha decidido chega de lagrimas, pelo menos não hoje.







Uma batida na porta, um estranho silêncio.



- Deve ser Alice que esqueceu algo.

Continua...

Por @buuhteodoro

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