Invisível (capitulo onze)

- Guilherme - tento falar, mas as palavras não saem da minha boca.
- Menina, você tem que sair daqui - diz um médico, me colocando para fora.
- Mas... - eu tento, mas ele já fechou a porta na minha cara.
Meu Guilherme, meu... Por que ele estava assim? Sentei na recepção, comecei a chorar e vi a loira entrando no hospital, desesperada, correndo para o quarto do Gui. Fui atrás. Os médicos deixaram ela entrar. Fiquei puta. Aquela idiota podia entrar e eu não, as coisas não iam ficar assim. Fui em direção ao quarto.
- Não deixem ela entrar, o Gui ODEIA ela - disse Patrícia.
OI? COMO ASSIM? Quem era ela para falar uma coisa dessas?
- Eu sou a namorada dele - ela acrescentou, parecendo ouvir meus pensamentos.
- Você está maluca, garota? - fui para cima dela.
- Ain - ela disse com uma voz nojenta.
- Por favor, as duas podem parar? - disse o médico.
- Foi ela que começou - Patrícia apontou para mim.
- Quem é você, menina? - pergunta o enfermeiro.
- Agora, parece que ninguém, mas quando o Gui acordar, você pergunta - eu disse, e sai.
Fiquei sentada a tarde inteira na recepção... Ninguém me dizia qual era o problema do Guilherme, por que tantos médicos, nada. Eu não sabia de nada e a idiota da loira oxigenada estava lá, com ele. Uma lágrima, sem querer, caiu dos meus olhos. Tentei disfarçar, mas não deu certo, elas começaram a cair, cair e cair, então eu deixei elas caindo.

- Você é a Laís? - disse o enfermeiro.
- Sou eu sim - respondi. 
- A Paty só está lá porque ela é filha de um dos médicos do hospital... Eu vi você e o paciente juntos, é você que ele ama - disse.
- Sério? - fiquei pasma.
- Sério o que? - ele riu.
- Que ela é filha de um dos médicos... 
- Super sério, ela se acha dona do hospital - nós dois rimos.
- É bem a cara dela - falei.
- O Guilherme conversou comigo sobre você - falou.
- Como assim? - perguntei.
- Nós somos amigos...
- Ah, sim - eram? Bem que ele tinha comentado alguma coisa mesmo.
- Você não vai perguntar o que? Qualquer garota que eu conheço, perguntaria - riu.
- Acho que eu não sou como as outras...
- Bem que ele disse, você é surpreendente.
Ficamos em silêncio por um tempo.
- O que ele tem, ein? - perguntei.
- Ele teve uma parada respiratória, mas agora já está tudo bem - me respondeu.
- Posso vê-lo?
- Acho que ainda não. Assim que der, prometo que te chamo - disse e saiu.

- Laís - me chamou depois de duas horas, fazendo um sinal para que eu acompanhasse-o.
Cheguei no quarto e a Patrícia estava debruçada na cama dele, beijando-o, exatamente como eu havia feito antes.

(continua)

2 comentários:

  1. O_O' que vaca!
    continua logo, não aguento mais a espera *-*

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  2. continua logo, não aguento mais a espera *-* +1

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