“ Minha querida não te aborreças se eu não lhe digo quem é, por enquanto é melhor assim, sei que sua mãe lhe deixou algumas finanças e vai lhe suprir nesses dias que não poderia lhe enviar dinheiro, mais quanto a pagar suas contas não atrasarei.
Com carinho.”
Eu não acredito, alguem ainda sente carinho por mim? não pode ser! Ele deve ser um maniaco ou ela. MALDIÇÃO! Este bendito ser quer me ver louca, eu não posso mais lidar com o amor, eu só o tinha pela minha mãe, o passado tinha ferido demais, não quero relembrar jamais. Pego minhas coisas e saiu, sozinha. A fim de me encontrar em alguma dessas rua de paris, há quem diga que é o lugar mais propicio para o amor, talvez seja por isso que eu não saia tanto de casa. Mais é incrivel como Paris é estontiante e leva realmente a querer fazer loucurar por amor. Deu Elisabeth pare de pensar bobagem, você não! Lembra-se da ultima vez não é? Então cale seus sentimentos bestas.
-LIIIIIIIIIIIIIIIIISA
- Menina você ainda me maaaata!
e como duas crianças rimos sem parar, alice era uma amiga e tanto, me ajudava e me fazia rir muito a compania dela era fantastica. Até que...
- Liisa e o tal bilhete? O que tava escrito? Era algo importante? Me diga!
- Alice, chega de tantas perguntas, você nem respira menina. Vamos tomar um sorvete, anda logo.
- Não fuja do assunto, lhe conheço bem para saber o quanto algo esta a encomodando, e dessa vez parece muito atordoada a ponto de nem querer se abrir com sua amiga.
- É.. são bilhetes anonimos, de alguem que por incrivel que pareça se preocupa comigo, mais eu não sei e não faço a minima ideia de quem é. Eu estou com muito medo porque creio que não há mais ninguém por mim nessa vida.
- Elisabeth é até um pecado você dizer isso, sabe que estou do seu lado sempre, mais de fato não sou a autora dos recados. Mais fique calma, se esse tal estranho paga suas contas e se preocupa com você, não deve ser ninguém que queira seu mal.
- É faz sentido.
Por algum motivo as palavras de Alice, não me saiam da cabeça, ela estava certa, quem quer que fosse não queria me ver mal, muito pelo contrário, zelava por mim como dizia no bilhete. Mas quem seria o tal sujeito? Eu era órfã de praticamente toda familia, a única que me fazia bem era mamãe e eu já não mais a tinha, nunca mais. Que Deus permita que ela cuide de mim onde quer que esteja, que não deixe nenhum mal se abater e que esses bilhetes venham para o meu bem, amém.
É irritante como todos me olham com um certo receio, aversão. Nunca fui muito popular desde o colégio, mais desde que minha mãe havia falecido, todo mundo me olhava esquisito, com pena talvez. Nunca aceitei pena de ninguém, odeio que sintam esse sentimento por mim, é melhor não sentir nada. Talvez toda essa minha raiva de quem sente pena de mim, seja porque eu já faço o meu trabalho correto, já sinto pena de mim o suficiente e não preciso de mais ninguém pra isso. Sei o quanto sou desprezivel, não necessito de ninguém a repetir. É ingraçado que o cessar dos recados tende a me desnortiar mais ainda, minhas contas estão pagas, meus creditos em dia, e eu não passo dificuldade nenhuma graças a Deus e ao estranho dos bilhetes. Mas o que entristesse é não recebe-los mais, pois de uma forma esquisita me sentia amada, protegida, segura.
É chegada a estação onde as flores começam a surgir, onde tudo lá fora parece mais bonito e o mundo nos convida a sorrir. Não eu.
Toca o telefone, por um momento bobo penso que é o estranho e que resolveu ligar em vez de mandar-me recados, mais logo fujo das minhas fantasias e o atendo, é Alice.
- Liiiiisa, quanto tempo que não á vejo minha amiga, que tal sairmos? Conversar e rir como tanto gostamos de fazer, o que acha?
- Não obrigada minha querida, mas eu prefiro ficar em casa lendo alguma coisa, afinal você sabe que a primavera nunca me atraiu muito.
- Ah mais deixe de ser besta e levante já dessa cama, e sacodi a preguiça, daqui a 15 minutos estou aí, beijo.
- Não, alice?...
Vou me arrumar, o quanto eu conheço a Alice ela não irá sussegar se eu não sair com ela. Estou com nenhuma disposição para passeios, e alegrias, minha vida não era assim eu sabia muito bem, não queria fugir da realidade pra depois esbarrar com ela me frustrando novamente.
- Sabia que estaria pronta, não iria me desapontar desse jeito né Elisabeth!
- Pra dizer a verdade não estou disposta.
- Mais vai ficar, logo após sentir o cheiro das flores, a brisa e o ar de Paris, acorde minha amiga nós estamos aonde muitos queriam estar, estamos no paraiso.
- Esta bem esta bem, vamos logo não quero chegar tarde em casa.
- Paris realmente é divina né Lisa? É como se fosse esculpido por anjos.
- Sim, você tem toda razão, Paris é estontiante. Vamos nos sentar estou cansada de tanto andar com você.
- É claro, vamos tomar um cappucino com broas de milho, como faziamos antigamente.
- Liiisa, aquele rapaz não tira os olhos de você.
- Pare com suas brincadeiras Alice, você sabe que eu não quero saber dessas coisas e como fico furiosa com você quando me diz isso.
- Acorda lisa, você tem que viver menina, fica trancada dentro daquele apartamento sem ninguém, só com seus livros e mais nada. Só pensa em estudar, esquece das paixões, a vida não se resume a isso minha querida.
- Chega desse assunto, vamos embora, já esta tarde, vamos depressa!.
- Como você quiser Elisabeth.
Só Deus sabia o porque eu não poderia me envolver com paixões, mamãe levou esse segredo no tumulo e a agradeço por isso, ninguém mais pode saber, nem mesmo Alice, minha melhor amiga. Eu quero estudar, apenas isso basta, ou pelo menos é o que eu quero acreditar. Vou dormir, dizem que não há nada que uma boa noite de sono não cure, e Alice embora não queira me corroi muito com suas verdades, por hoje chega.
Acordei por incrivel que pareça bem disposta, afinal era sabado e não teria mais que ver por alguns dias pessoas falsas e futeis presentes no meu dia-a-dia, ficaria só, como eu gostava tanto ou melhor aprendera a gostar. Tomei meu café sussegada, me deliciei com os pãeszinhos fresquinhos e me encostei na minha cadeira predileta pra assistir um filme qualquer na televisão. Acabei dormindo, como era tipico nos meus sabados. Acordei sobressaltada, um barulho.
- Quem está ai? Alice??
O bilhete, eu o vi na hora que foi posto debaixo da minha porta! O estranho, ele deve estar ali, tento me mover mais não consigo, nem um som se quer sai da minha boca, caiu no choro desesperada, há tempos que não chorava daquele jeito, nem no enterro de mamãe. Depois de algum tempo estirada no chão, tomo folego e vou me arrastando junto ao recado.
Continua..
por @buuhteodoro
OMG
ResponderExcluirpostem postem pooor favor o 4° capiitulo
#ansiiosa