Angra

- A Line já chegou?
Como assim? Line? Não acredito, não pode ser.
- Ainda não, porque?
- Ah, é... (qual seu nome mesmo?)
Legal, ele nem sabia meu nome, tudo bem, não faz diferença, eu também não sei o dele.
- Duda, meu nome é Duda, e o seu?
- Gustavo. Então, é que eu e a Line estamos juntos e eu queria saber se ela já estava aqui.
Naquele momento eu não sei explicar o que aconteceu comigo, meus olhos ficaram cheio d'agua, minha garganta deu um nó, meu estômago ficou gelado, e eu, eu sai correndo.
A paulinha viu que eu não estava lá em baixo e subiu para ver o que estava acontecendo, mas, eu não contei porque nem eu sabia o que estava acontecendo.
- O que está acontecendo Duda? Você está bem?
- To bem sim Paulinha, eu só quero ficar um pouquinho aqui, ja já eu vou lá com vocês, ok?
- Tá, fique bem amiga.
- Vou ficar.
Na verdade eu não fiquei, não parava de chorar, o nó em minha garganta aumentava a cada segundo, aquela sensação de perda, sem ao menos ter algo a perder, eu não estava entendendo, foi quando peguei no sono. No outro dia eu e a paulinha fomos até Angra, estava lindo o dia, e eu precisava respirar bem fundo e tentar entender o que estava acontecendo, mas o dia lindo não durou 10 minutos até a Paulinha falar:
- Duda, o gust pediu seu número e eu passei ok?
- Gust? quem é esse paulinha?
- O gustavo né duda, der.
- Como assim, você passa meu celular pra ele? Enlouqueceu paula? surtou de vez né?
Ela ficou me olhando meio sem reação, até porque a minha reação foi meio exagerada, era só um número de celular, não era nada demais.
O dia acabou, estavamos vendo o pôr do sol e decidimos que iriamos ficar por angra até segunda, já que terça era feriado.
Fomos para a casa que o pai da Paulinha tinha em angra, eu entrei no banho e ela ficou no quarto, quando sai ela estava lá embaixo pronta para sair e me berrando:
- Vamos Eduarda, vai ter festinha no Juca hoje.
Eu não estava muito animada para ir até uma festa, mas algo naquele momento fez com que eu mudasse de idéia. (...)